Quem diria... ‘Dark Tourism’ é o
termo usado para a modalidade de turismo em que o visitante é atraído por algum
lugar que foi cenário de tragédias e com histórias que nem sempre tiveram um
final feliz. Um exemplo disso são os milhões de visitantes que passam
anualmente pelo campo de concentração Auschwitz, por memoriais da Segunda
Guerra Mundial ou pelo lugar onde ficava o World Trade Center, em Nova York.
Agora, em 2020, com a pandemia da Covid-19 na ordem do dia, os turistas
elegeram um novo destino do gênero: a cidade de Wuhan, na China, epicentro da
pandemia do novo coronavírus. Considerada o marco zero da doença que paralisou
o planeta, Wuhan registrou mais de 50 mil casos e quase quatro mil mortes,
entre seus cerca de 11 milhões de habitantes, e passou por um lockdown de 76
dias. Ao contrário de muitas cidades que
estão vivendo uma segunda onda forte da Covid agora, em Wuhan isso ficou no passado.
A vida voltou ao normal e, de quebra, a cidade chinesa tem atraído cada vez
mais turistas que têm curiosidade de conhecer o local onde a pandemia começou e
que superou o vírus. Se antes Wuhan era ofuscada pelos grandes centros e
metrópoles, hoje é um dos maiores atrativos da China.
