É triste quando vemos alguém que
amamos sofrendo, mesmo que nada tenha a ver conosco aquela tristeza, né?
Passamos o dia nos lembrando da pessoa, mesmo de longe. Nesses momentos,
queremos ajudar, tentar animar, desejamos ter o poder de tirar aquela dor de
dentro do coração de quem chora baixinho. É duro ter que esperar o tempo passar
e fazer o que ele tão bem faz: ensina, acalma, cura e ilumina. Inevitavelmente
nos sentimos impotentes, incapazes de ajudar, pois o reerguimento demora, leva tempo,
o que nos impacienta. As escuridões que adentramos nos momentos de dor são densas,
carregadas de culpa e aniquilamento da autoestima. Dissipar essas nuvens
requer, sobretudo, o enfrentamento de si mesmo, no sentido de se conscientizar
da própria responsabilidade sobre o que acontece, pois a vida cobra cada
atitude que tomamos, tanto as certas quanto as equivocadas.
